Apresentação

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Na décima primeira edição do Colóquio Internacional Michel Foucault, que será realizada entre 25 e 29 de setembro de 2018 na Universidade Federal de Santa Catarina, reuniremos intelectuais, pesquisadores  e  estudiosos para partilhar  reflexões a partir  do  tema  Foucault e as práticas da liberdade. O evento  é uma promoção de diversas instituições: o Programa de Pós-Graduação em Literatura | UFSC, o Programa de Pós-Graduação em Linguística | UFSC, o Programa de Pós-Graduação Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas | UFSC, o Programa de Pós-Graduação em Filosofia | PUC-PR, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação | UFSC. Tem apoio institucional da Universidade Federal de Santa Catarina, do Centro de Comunicação e Expressão | UFSC e do Consulado da França no Brasil.

O tema – Foucault e as práticas da liberdade   aparece no momento  em  que procedemos no país e no mundo a  uma intensa revisão  do exercício democrático, considerando  inclusive que estamos próximos  de  um  novo pleito  de  eleições  presidenciais. Consideremos ainda não apenas  o âmbito  das administrações públicas governamentais,  mas  todos  os  domínios  das  relações  sociais –  desde as práticas  mais  institucionais  até as de âmbito mais  cotidiano e privado. Com Foucault, temos a chance  então  de  retornar  a ideia de liberdade. Entretanto, não como impedimento, mas  como modos diferenciais   de agir   tendendo a práticas de liberdade e práticas de dominação.

Este XI Colóquio  convida a pensarmos coletivamente a proliferação de práticas, de hábitos, de saberes, de poderes  que  diagramam  para a época atual  um certo estado de liberdade. Destacamos outra importante contribuição que se refere à discussão teórica e política sobre os temas que envolvem as transformações sociais e culturais de nossa atualidade e que põem em xeque o paradigma da Democracia, central no pensamento político da atualidade. O conjunto de reflexões que pretendemos reunir colocará em debate  a crise  da democracia e  sua  relação  com práticas  libertárias  não só no domínio  da governabilidade, mas  de todo ativismo social e das práticas de resistência que têm lugar em diferentes geografias.

Deste modo, acreditamos que, mais  uma vez,  recorrer   concentradamente a  Foucault é fundamental, sobretudo em consonância com pensadores contemporâneos.O ponto fulcral é produzir novos  patamares de reflexão e ação  em torno do tema  das práticas de liberdade  ora  visadas  com grande  urgência  e intensidade. Afinal, ao que parece, é uma interrogação ainda em aberto: de que conceito de liberdade  se  trata quando o caso  é  de, em meio a acirradas  disputas de poder e  desafios beirando a intolerância,  atribuir  a cada  um  a  tarefa e a responsabilidade de  gerir  a condição essencial do viver  juntos?